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#uflaleite: O que faz seu olho brilhar?

Hoje participei da primeira reunião deste semestre do UflaLeite (núcleo de estudos da UFLA do qual sou coordenadora). O objetivo era apresentar as atividades do grupo para os novos trainees que passaram no processo seletivo realizado ontem. A reunião foi marcante para mim por dois motivos. O primeiro foi por perceber como o grupo amadureceu institucionalmente nos últimos dois anos. Cargos executivos, grupos de trabalho e plano de capacitação dos membros são bem definidos e foram construídos a partir de muitas tentativas e muitos erros, até chegarem em modelos que funcionam. E se amanhã algum deixar de funcionar, tenho a segura sensação de que eles saberão encontrar novos caminhos. Eles já aprenderam organização, resiliência e persistência. O segundo motivo é que conforme eles foram apresentando o que o grupo faz, eu fui percebendo que todos os projetos que deram certo e hoje estão colhendo frutos foram resultado de uma paixão pessoal de um ou mais membros da equipe. O próprio grupo hoje existe pela persistência de alguns poucos alunos que fizeram de sua continuidade sua paixão pessoal. E a lição que fica disso é que quando a gente tem um propósito, a motivação vem lá de dentro. E não tem madrugada, fim de semana, nem provas nem festas que nos afastem deste propósito. A gente acha um jeito e faz acontecer. Quando novos integrantes entram no grupo, eu os escuto dizer que estão ali para aprender mais sobre produção de leite, para adquirir experiência prática, para ganhar mais confiança para o mercado de trabalho, para melhorarem suas redes de relacionamento. Todas essas motivações são válidas e muito importantes, e tudo isso será colhido caso se trabalhe direito. Mas hoje escutei dos membros mais velhos coisas como "quero voltar aqui depois de dois anos de formado e ver que esse projeto está firme e dando frutos", ou "quero ir embora deixando isso melhor do que eu encontrei", ou ainda "queremos atingir os produtores que não têm condições de pagar por assistência e os ajudar a melhorar", e "as bezerras que cuidamos tão de perto estão sendo inseminadas e logo serão vacas". Maturidade e experiência no grupo vão moldando os objetivos e os deixando muito mais significativos. Todos nós devemos buscar nossos propósitos, o que faz nossos olhos brilharem, aquilo que a gente fica pensando enquanto tenta dormir. A vida fica bem mais divertida dessa forma. Poder acompanhar o crescimento desses jovens e ver o brilho nos olhos deles quando apresentam seus projetos é um dos maiores privilégios da minha profissão. Faz o meu olho brilhar! Marina 


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